Situada a sul do concelho, em Paramos, a Lagoa de Paramos constitui uma área de interesse ecológico, paisagístico e recreativo, possuindo uma grande diversidade ornitológica e vegetal, sendo de referir que algumas das espécies existentes constam das "Diretivas do Conselho das Comunidades Europeias relativas à conservação das aves selvagens".
São passíveis de distinção três subzonas da Barrinha: a superfície alagada ou laguna, uma zona adjacente permanentemente encharcada e uma zona envolvente menos influenciada pelo lençol freático (Plano Parcial de Urbanização).
A laguna, propriamente dita, constitui um meio "litoral marginal com salinidade variável, de águas geralmente calmas, na qual se depositam sedimentos finos de origem tanto continental como marinha" (Paskoff, R., 1985).
A superfície alagada da Barrinha tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos devido a diversos fatores naturais e humanos, sendo referidos valores na ordem dos 1 450 metros de comprimento e 1 300 metros de largura (C.C.R.N., 1987).
A alimentação de água da laguna provém essencialmente da água do mar, da água da chuva, da água da toalha freática e dos afluentes. Os afluentes desempenham um importante papel ao nível da alimentação de água e de sedimentos. A ribeira de Paramos (concelho de Espinho) e as ribeiras de Cortegaça e de Mangas (concelho de Ovar).
Zona protegida que visa a criação / preservação de uma reserva natural onde se poderão admirar a fauna e a flora locais, sendo um ótimo observatório de aves.